sábado, 2 de abril de 2011

Sobre resenhas presentes aqui no blog.

Seguinte: apesar de todas terem sido feitas em 2005, são os links mais buscados no blog. Então atualizei a data de postagem para 01/04/11 em todas elas. A intenção é deixá-las próximas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Da Imperfeição" (para resenhar)

GREIMAS, Algirdas Julien. Da Imperfeição. (Trad. e pref. Ana Claudia de Oliveira; apres. Paolo Fabbri, Raúl Dorra e Eric Landowski). São Paulo: Hacker Editores, 2002.



"Todo parecer é imperfeito", disse Greimas num tom filosófico. Resta ao leitor acatar (ou não) a escrita e seguir a leitura do Da Imperfeição. Por questão de pouquíssimo conhecimento das obras do semioticista, foi necessário tomar o caminho do passo a passo. Assim foi a leitura, hora a inserção de um ponto de interrogação, hora um de exclamação. As exclamações aconteceram por conta da apresentação de os Paolo Fabbri, Raúl Dorra e Eric Landowski; eles,

"Leitura: Teoria & Prática" (para resenhar)

Leitura: Teoria & Prática
Roger Chartier (Tradução: Celene Margarida Cruz e João Wanderley Geraldi)
Revista Semestral da Associaçãoo do Brasil
Resenha – página 67 à 75 –
Crítica textual e história cultural — o texto e a voz, séculos XVI-XVII
Leituras pelo mundo
Os sentidos que os leitores dão aos textos são, na análise de textos literários, o objeto essencial da história literária e da crítica textual. A produção de significado e a inteligibilidade do texto estão na materialidade do mesmo e os sentidos de um texto são oriundos dos discursos e das estéticas da criação. Para uma abordagem histórica é necessário levar em conta o autor/leitor/texto (na sua materialidade) já que os sentidos não estão apenas no "funcionamento automático e impessoal da linguagem" e as

"Teoria Literária: Uma Introdução" (para resenhar)

Teoria Literária: Uma Introdução.
Jonathan Culler (Trad. Sandra Guardini T. Vasconcelos) Beca, 2001.


Resenha – capítulo 1 – O que é Teoria?


"Teoria do quê?" O capítulo inicial de Teoria Literária: Uma Introdução apresenta questões básicas as quais partem do geral para o particular. Sendo o geral toda e qualquer "teoria", desde uma suposta possibilidade de traição entre namorados e discussões que abrangem outros âmbitos não-literários, até questões de ordem filosóficas.
Servindo-se do exemplo acerca de um rompimento emocional, o autor teoriza sobre o que é suposição, especulação e o que pode vir a ser uma teoria: "uma teoria, por contraste, é especulação que poderia não ser afetada,

"O Prazer do Texto" (para resenhar)

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Barthes, Roland. O Prazer do Texto. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva.
Nesta obra pós-estruturalista de Barthes, a escrita lírica e literária é uma ruptura com a significação estrutural a favor, também, de uma possível leitura erótica do texto. O pacto no espaço do "entre" autor/leitor possibilita que o último corte a corda e contente-se no prazer que a escrita permite.
O "entre" é quase uma categoria em O Prazer do Texto. Obra que visita o tempo

"Baudelaire: O modernismo nas ruas" (para resenhar)

BERMAN, M. "Baudelaire: O modernismo nas ruas". In.: Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Cia das Letras, 1998. Páginas 129 – 165.

O ensaio, do início do século XX, apresenta alguns escritores e pensadores que se dedicaram à modernidade, porém, Berman (1998) defende que, se tivesse que apontar o primeiro modernista, este seria o poeta Baudelaire. E o ensaio se detém em torno de Baudelaire, da modernidade presente nos escritos e comportamentos do poeta.
Berman (1998) divide o ensaio em cinco partes:

"O princípio poético" (para resenhar)

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POE, E. A. "O princípio poético". In.: Poemas e ensaios. Tradução: Oscar Mendes e Milton Amado. Revisão e notas: Carmen Vera Cirne Lima. 2 ed. Rio de janeiro: Globo, 1987. Páginas 83 – 107.
O princípio poético de Poe opera com uma relação entre a extensão da obra pretendida e a reação provocada no leitor. Para Poe há os poemas de primeira e segunda categoria e essa definição se dá pela extensão da obra. Na opinião dele não existe um poema longo, já que o mesmo, ao ser lido, será na verdade vários pequenos poemas com mais ou menos emoção. E só se trata de poema quando provoca uma emoção exaltante: "o valor do poema está na razão desta emoção exaltante" (1987; 83). Para tanto, uma obra poética deve ser planejada e articulada sistematicamente, isto é, cada elemento deve ser escolhido objetivando o efeito pretendido. E está foi a medida adotada por Poe ao compor "O Corvo" e explicita na "Filosofia da composição". De início, Poe recomenda que o texto tenha início no final, pois "só tendo o epílogo constantemente em vista poderemos dar a um enredo seu aspecto indispensável de conseqüência, ou causalidade...", declarou sobre a confecção do poema. O artista, então, como um estrategista poético deve armar o texto de modo a despertar no leitor o efeito almejado. Um efeito lapidado pelo sentimento poético, marcado pela indefinição e pelo prazer. Tal como no poema, Poe pressupõe para o conto, para a prosa de narrativa curta, a "unidade de efeito ou impressão", causando um estado de excitação, conseqüentemente, a dosagem do tempo deve ser prevista. Um conto deve então ser lido de uma sentada, caso contrário a unidade e a exaltação se perdem, implicando a descaracterização do texto como tal.
No caso dos poemas utilizados por Poe para o ensaio "O princípio poético" e ao

"Tradição e talento individual" (para resenhar)

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ELIOT, T. S. "Tradição e talento individual". In.: Ensaios. Tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira. São Paulo: Art Editora, 1989. Páginas 37 – 48.


No tradicional ensaio de Eliot, de 1919, "Tradição e talento individual" há duas vertentes norteadoras. A primeira consiste no fato de que todo poeta deve escrever com a consciência de seu passado. A outra versa quanto à questão da emoção e da escritura. O ensaísta defende que a poesia não deve ser a reprodução de uma emoção pessoal mas que ela deve tocar um conjunto de experiências que não são, obrigatoriamente, as do poeta em questão. E, se forem as do poeta, elas deveram ser marcadas pela impessoalidade. Deveram passar por um "depurador" o suficiente para transformar a experiência em matéria-prima, sem traços que denuncie o sentimento do poeta, apenas revele o seu talento.
Neste sentido Eliot requer,