Dada a importância do romance de mocinha para leitoras brasileiras, estudei 101 exemplares representativos de 28 coleções de romance para, a partir dessa leitura, escolher 8 romances significativos de 8 coleções do gênero. Esse itinerário permitiu indagar se todos os aspectos da produção de M. Delly detectados por Prado (1981), em algum momento, figuraram nos exemplares catalogados. Realço que M. Delly representa uma fôrma para todos exemplares lidos, não afirmo, no entanto, que os autores das coleções mais atuais tenham se servido do processo de escrita de M. Delly, mas sim que todos os autores dos exemplares apresentam construção fabular similar, com poucas variáveis observadas.
Como se trata de um trabalho comparativo dei tratamento igual aos romances de mocinho; isto é, elenquei 101 romances e deles escolhi 8 exemplares, também representativos de 8 coleções. Esclareço que parti do objeto para uma compreensão de processos que o contextualizam histórico, social e culturalmente; parti da leitura dos romances, estudei a origem deles, a problemática da indústria cultural e a da formação do leitor e me propus uma reflexão que dialogasse origem, circuitos e textos. Por essa razão, na frente teórica, o trabalho inicial seguiu em duas direções: a de uma análise descritiva e a de uma delimitação de possíveis usos do texto. Com isso acreditei viável uma compreensão mais rigorosa do fenômeno de produção e consumo do objeto estudado. Esse percurso me pôs uma infinidade de questões já no Capítulo I. Neste, parto de duas concepções: a primeira, genealógica; a segunda, mercadológica. As duas amparam tanto o Capítulo II quanto o Capítulo III.
Se, primeiramente, vinculo o corpus numa totalidade mais significativa (o romance grego, de aventura e folhetim) isso se dá exatamente para descobrir a origem do objeto de estudo que é fundamental para a morfologia (Propp, 1983) descrita no Capítulo III. Se há pouco me neguei a afirmar que as coleções de romances de mocinha são "fontes" dellianas, agora afirmo: tanto romance de mocinha quanto romance de mocinho possuem matrizes canônicas. Essa a razão do Capítulo I deste trabalho: estabelecer diálogos com os textos "canônicos" e os textos "marginalizados", sendo estes apresentados no Capítulo III.
No Capítulo II, dialogo conceitos de orientação marxista com as condições de consumo levantadas por Garcia Canclini (1997b); isso porque, a meu ver, o consumidor também exerce uma influência sobre o produtor. Procuro, ainda, verificar os leitores (consumidores) e os formatos de leitura possíveis aos textos do corpus. Estabeleço diversos fundamentos teórico-metodológicos que me pareceram requisitados pelo próprio material estudado. E a seqüência natural do trabalho, que pedia uma análise descritiva/morfologica do romance de mocinha e romance de mocinho, foi efetuada no Capítulo III.
fonte: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4296
Como se trata de um trabalho comparativo dei tratamento igual aos romances de mocinho; isto é, elenquei 101 romances e deles escolhi 8 exemplares, também representativos de 8 coleções. Esclareço que parti do objeto para uma compreensão de processos que o contextualizam histórico, social e culturalmente; parti da leitura dos romances, estudei a origem deles, a problemática da indústria cultural e a da formação do leitor e me propus uma reflexão que dialogasse origem, circuitos e textos. Por essa razão, na frente teórica, o trabalho inicial seguiu em duas direções: a de uma análise descritiva e a de uma delimitação de possíveis usos do texto. Com isso acreditei viável uma compreensão mais rigorosa do fenômeno de produção e consumo do objeto estudado. Esse percurso me pôs uma infinidade de questões já no Capítulo I. Neste, parto de duas concepções: a primeira, genealógica; a segunda, mercadológica. As duas amparam tanto o Capítulo II quanto o Capítulo III.
Se, primeiramente, vinculo o corpus numa totalidade mais significativa (o romance grego, de aventura e folhetim) isso se dá exatamente para descobrir a origem do objeto de estudo que é fundamental para a morfologia (Propp, 1983) descrita no Capítulo III. Se há pouco me neguei a afirmar que as coleções de romances de mocinha são "fontes" dellianas, agora afirmo: tanto romance de mocinha quanto romance de mocinho possuem matrizes canônicas. Essa a razão do Capítulo I deste trabalho: estabelecer diálogos com os textos "canônicos" e os textos "marginalizados", sendo estes apresentados no Capítulo III.
No Capítulo II, dialogo conceitos de orientação marxista com as condições de consumo levantadas por Garcia Canclini (1997b); isso porque, a meu ver, o consumidor também exerce uma influência sobre o produtor. Procuro, ainda, verificar os leitores (consumidores) e os formatos de leitura possíveis aos textos do corpus. Estabeleço diversos fundamentos teórico-metodológicos que me pareceram requisitados pelo próprio material estudado. E a seqüência natural do trabalho, que pedia uma análise descritiva/morfologica do romance de mocinha e romance de mocinho, foi efetuada no Capítulo III.
fonte: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4296
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