Organização:
Andrea Saad Hossne (USP)
Patricia Trindade Nakagome (UnB)
“Este
livro leva o nome de um grupo de pesquisa cadastrado no CNPq e de três
edições da Jornada Leitores e leituras na contemporaneidade, iniciadas
em 2016. Aquilo que move o grupo, como evidente desde seu nome, é o
caráter plural. Em contraposição a um leitor e a uma leitura, os
leitores e as leituras. Consideramos leitores e leitoras, a leitura e
mesmo a não-leitura. A partir de artigos de especialistas convidados
para os eventos e também de textos de jovens pesquisadores, acreditamos
oferecer, neste e-book, um panorama mais amplo (e democrático) sobre as
pesquisas e intervenções práticas que são feitas considerando o leitor
contemporâneo.” (Andrea Saad Hossne e Patricia Trindade Nakagome,
organizadoras)
(PÁGINA 81 a 111)
O
que é literatura? O que é democracia? O que dizer de uma infinidade de
obras que não são “nada”? De seus milhares de leitores que são excluídos
do universo que nomeia os tais “leitores competentes”? Que tipo de
opressão é possível mensurar se se trata de uma “não” literatura e,
consequentemente, de um “não leitor”? É nessa perspectiva de provocação
que o trabalho se encaminha, trilhando pelo caminho da indústria
cultural e passeando pelos romances de bancas de jornais lidos e relidos
em todo o Brasil.
O trabalho de Rosane Manhães Prado em Perspectivas antropológicas da mulher (1981) facilita o estudo do romance de mocinha comercializado no Brasil nos séculos XX e XXI. A pesquisa desenvolvida por ela apresenta algumas coleções que vigoraram no início do século XX e, apesar de ainda ser possível encontrar exemplares, por exemplo, da coleção Biblioteca das Moças, no início do século XXI, esses exemplares não são de fácil acesso nas bancas de jornais e sebos.
O trabalho de Rosane Manhães Prado em Perspectivas antropológicas da mulher (1981) facilita o estudo do romance de mocinha comercializado no Brasil nos séculos XX e XXI. A pesquisa desenvolvida por ela apresenta algumas coleções que vigoraram no início do século XX e, apesar de ainda ser possível encontrar exemplares, por exemplo, da coleção Biblioteca das Moças, no início do século XXI, esses exemplares não são de fácil acesso nas bancas de jornais e sebos.
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