quarta-feira, 3 de julho de 2019

Romance de mocinha: coleções, características e “querida leitora”



Leitores e leituras na contemporaneidade
Organização:
Andrea Saad Hossne (USP)
Patricia Trindade Nakagome (UnB)

“Este livro leva o nome de um grupo de pesquisa cadastrado no CNPq e de três edições da Jornada Leitores e leituras na contemporaneidade, iniciadas em 2016. Aquilo que move o grupo, como evidente desde seu nome, é o caráter plural. Em contraposição a um leitor e a uma leitura, os leitores e as leituras. Consideramos leitores e leitoras, a leitura e mesmo a não-leitura. A partir de artigos de especialistas convidados para os eventos e também de textos de jovens pesquisadores, acreditamos oferecer, neste e-book, um panorama mais amplo (e democrático) sobre as pesquisas e intervenções práticas que são feitas considerando o leitor contemporâneo.” (Andrea Saad Hossne e Patricia Trindade Nakagome, organizadoras)


(PÁGINA 81 a 111)

Resumo

O que é literatura? O que é democracia? O que dizer de uma infinidade de obras que não são “nada”? De seus milhares de leitores que são excluídos do universo que nomeia os tais “leitores competentes”? Que tipo de opressão é possível mensurar se se trata de uma “não” literatura e, consequentemente, de um “não leitor”? É nessa perspectiva de provocação que o trabalho se encaminha, trilhando pelo caminho da indústria cultural e passeando pelos romances de bancas de jornais lidos e relidos em todo o Brasil.
O trabalho de Rosane Manhães Prado em Perspectivas antropológicas da mulher (1981) facilita o estudo do romance de mocinha comercializado no Brasil nos séculos XX e XXI. A pesquisa desenvolvida por ela apresenta algumas coleções que vigoraram no início do século XX e, apesar de ainda ser possível encontrar exemplares, por exemplo, da coleção Biblioteca das Moças, no início do século XXI, esses exemplares não são de fácil acesso nas bancas de jornais e sebos.













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